Letras y traducciones de Celso Adolfo

Viajo na buléia olhando a vida alheia
no chão, no grão de areia o olho desce e a mão apeia
o vau da vida é fundo, o vão do vento é mundo
capim desce barranco, pau tombado é banco

No morro pinta a lua, pincel que dá mão cheia
fico rico à tôa, a prata na bateia
no morro p

Uraricaá, Urariquera
Paapiú, Apiaú
Mucajaí, murucujá
Roraima tem o Caiapó

Tinha um ticão, água na taboa
Vida à toa deslizando na canoa
E o botocudo, de onde ele é?
É de onde é o bicudo-maquiné

Selva de Tupã, Tupi, Guarani
Guaraná, guarânia, avôa guarandi

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O que faz o negro pulso africano
agitar seus pavores no ar?

A bala vem voando
vem cortar todo ano
o negro pulso africano no ar

Eu acho todo o povo preto tão lindo
Agitando suas cores no ar
Eu giro na esfera da terra
meu giro é mera quimera de amar

Bebend

Água
De manhã corre e me cura
De manhã, boa ventura
De manhã quero te ver

Água
Todo dia quero o teu brilho
Todo dia sou teu filho
Todo dia quero mais ser

Eu sou meio mato, meio canário
Meio completo, meio precário
O que eu já fui serviu demais

Ág

Os jasmins da palavra jamais (1)
Sei que são flores, mas não sei quais
Os amores terminando em ais
Rangem muito, lembram demais

O calor da palavra paixão
Às vezes vem, às vezes vem não
Com a palma da palavra mão
Vez em quando bato, vez em quando não

Os dedos

Bem sozinho de manhã
Fico pensando a boa forma de viver

Não me assusto
Não me acanho
Tenho sempre um ganho
Se eu sei aprender

A constelação taurina
tem um olho que me vê
olho manso de menina
olho claro que me quer

Eu não canto atrás de outra coisa <

O anjo torto nasceu do broto azul do brasil
Nascia torto feito se nasce torto nesse anil

O anjo bruto saiu tão puto, pegou o fuzil
Tomou, bateu, cuspiu, cresceu, escondeu, sumiu

Afundou na lama raivosa
Rosa que eu vejo ele não viu
Manjado, mijado e rapina
Alma lat

Tem caveira de burro enterrada aí
Êta chãozinho difícil de pastejar

Tem catinga de égua dominando o ar
Êta história difícil de poder contar

Tem babada de bode azarando o ar
Tem beijo de mula em todo lugar
Arenga-de-sapo em todo caminhar
Tem cobreiro de todo
En

Vieram do norte remando seu bote
Zombaram da vida no chão e no céu
Tingiram no sangue o sabor de mel
Pegaram a tristeza e fizeram um painel

Que guardas que guardam seu povo Argentina?
Pegaram sua vida e jogaram no mar
Jogaram confete, tango e serpentina
E o fel da

É um beco estreito
onde eu vou passar
com a minha paixão
a ferramenta é minha mão

Eu choro e canto
eu sou bravo
eu sou azedo e mascavo
eu tô na cruz, eu sou cravo

Eu lavo a terra do chão
tem um joá no meu chão
eu como aqui desse chão

Rimo no mesm

Saudade faz visita
Trazendo a mim teu rosto
Amor que já foi tão servido e posto
No prato ao gosto do corpo

Acho que essa dor
Não é mais que uma dor
Bobagem boa de viver
A urgência de viver
Não serve pra viver em pé, em paz
Verás que é mesmo assim

Amo

"Formamos um assombro
de misérias e grandezas
somos aqui nessa terra
o grande milagre do amor"

Navio zarpando com
as tristezas filhas de Portugal
Da sorte que a corte lançou
nasceram lindas orquídeas
"orquídeas tão desiguais",
uma delas é Minas Gerais

Ouvi no rádio um tal cantor
Cantando um tal de mambo
Agora aqui quero contar nesse calango
Que eu pensei foi nela
Lembrei foi dela

Eu sou franzino e a vida sabe
Que eu sou diminuto
Que eu só cresci meio metro
De um pé de arbusto
Quero te alembrar
Que ess

Coração ficou vazio
farejando o chão a fio
foi te revirar o amor

Essa dor não dá feitio
vem na estrada, vem no fio
vem me avisar o amor

Tanto andei toda fadiga
o perdão não dá ferida
sem medida eu andava
mau olhado teu me olhava
meu coração pegou raiva

Eu quero cair
caio na chuva que cai
que molha o pé da cidade
essa bondade me alegra

a chuva pinga na lata
na avenida na mata
não é ouro nem prata
vem do céu prá cair

molhar meu pé minha nuca
minha mão corta a lenha
a lenha seca lá no porão

Não é

Assim que a alegria pedir
E a saudade aderir
Vou ligar pra você

Pois é
Não é doce dizer
Que meu doce é você
Sem você me provar

Trancei
Um cordão de prazer
Um vt pra te ver
Pra gente se amarrar

Repriso
Eu preciso e me rendo
Nesse preço me

No meu coração brasileiro
Plantei um terreiro, colhi um caminho
Armei arapuca, fui pra tocaia, fui guerrear

Meu coração brasileiro anda de lado
Manca inclinado
De norte a sul a vida é o rumo
Que é mais procurado

Quando é de noite a vida silencia
Abro no peito

Uns lábios vermelhos que eu vi
Fizeram meus olhos girar
De noite eu percebo melhor o que eu bebo
As dores que eu vou misturar

As dores cantei sempre assim
Somente o bolero dirá
Eu choro quando é pra chorar
Se não tenho mais lágrimas o mar me dá
Me dou por inteir

Tocando a mão eu posso mais tocar
passando a mão posso querer
quero o seu toque, quero viver mais
no seu enfoque a luz é mais

O seu amor é mais
é mais do que demais
estoque de paixões

O choque vem de tanto mais amar
que a dor é coisa de quem vai amar
dei u

Eu me chamo Raimundo
E mudo esse mundo
A solução fica nessa estrada
E a vida não tem
Toda linha mal traçada

Nos anos 70, com aquela tormenta
Aqui no Brasil, aqui nas TV
Na ordem do dia ecologia não tinha
O apelo de agora

O meio ambiente
Não tinha o pes